BELDROEGA
Nome Científico: Portulaca oleraceae L. Família botânica: Portulacaceae Sinonímias: Portulaca oleracea var. sylvestris (L.) DC., Portulaca parvifolia Haw., Portulaca sativa Haw. | |
Nomes populares: beldroega-pequena, beldroega-verdadeira, beldroega-vermelha, beldroega-da-horta, caaponga, ora-pro-nobis, bredo-de-porco, onze-horas, ma chi xian shu (China), etc. Origem ou Habitat: Distribuição na região Neotropical : • Portulacaceae são cosmopolitas, com 25-30 gêneros e 450-500 espécies. A maioria dos gêneros e espécies ocorrem no oeste da América do Norte, América do Sul e África, com alguns representantes na Europa e Ásia. • Na América tropical e nas regiões limítrofes, existem cerca de 11 gêneros e 170 espécies provavelmente. Características botânicas: Herbácea prostrada, anual, suculenta, ramificada, glabra, ramos rosados de 20-40cm de comprimento. Flores solitárias, axilares, amarelas, que abrem-se apenas de manhã. Partes usadas: Planta toda, folhas, caules e sementes. Uso popular: A beldroega é considerada uma planta refrescante. É empregada internamente contra disenteria (principalmente infantil), enterite aguda, mastite e hemorróidas. Afecções do fígado, dos rins e da bexiga, cálculos biliares, escorbuto (Planta toda). Azia, erisipela, inflamação dos olhos, afecções das vias urinárias (folhas e caules). Externamente é usada em queimaduras, úlceras, feridas e nevralgias. O suco é efetivo, no tratamento de doenças de pele. Distúrbios menstruais, afecções das vias urinárias, verminose (sementes). É uma planta comestível, podendo ser consumidos talos e folhas quando tenros e verdes, crus ou refogados. As raízes são amargas e duras. Indígenas das Guianas usam-na contra diabetes, para problemas digestivos e como emoliente e, externamente, como ungüento para problemas musculares. No Vietnan é usada a associação do suco de beldroega (P. oleracea) juntamente comCentella asiatica para tratamento de resfriados, gripe, cefaléia, anorexia e constipação. (Alonso, 2004). Composição química: Ácidos fenólicos (ácido clorogênico, ácido caféico); Flavonóides (rutina, miricetina, canferol, apigenina, quercetina, luteolina e hesperidina); Noradrenalina e Dopamina; Ácido ascórbico; b-caroteno; Ácido graxo a-linolênico; Alcalóides fenólicos (oleraceins A, B, C, D e E). Análise alimentícia em g/100g: proteínas (1,60g), lipídeos (0,40g), carboidratos (2,50g), cálcio (140,00g), fósforo (493,00mg), ferro (3,25mg), retinol (250,00mg), vitamina B1 (20,00mg), vitamina B2 (100,00mg), niacina (0,50mg), vitamina C (26,80mg). (Franco, G., 1992). Observação: Os ácidos fenólicos e flavonóides foram em estudos com beldroegas tailandesas; os alcalóides fenólicos, a noradrenalina e dopamina foram em estudos com ervas chinesas e o ácido a-linolênico e b-caroteno foram em estudos com beldroegas australianas. Os alcalóides fenólicos são uma nova classe de antioxidantes descobertos em P. oleracea. A hesperidina e ácido caféico foram isolados pela 1ª vez em amostras chinesas em 2007. Ações farmacológicas: Estudos concluiram que o chá tem efeito hipertensivo em ratos (devido a presença de catecolaminas) e atividade relaxante da musculatura esquelética.(Lorenzi, 2008) Atividade antioxidante, anti-hemorrágica, relaxante muscular, broncodilatadora. Contra-indicações: Não deve ser usada na gravidez e em pessoas com problemas digestivos e de pressão alta. Posologia e modo de uso: Uso interno Decocção: 40g da planta toda para um litro de água. Tomar 3 a 4 xícaras ao dia. Suco fresco (folhas e caules): tomar uma colher (sopa) 1 a 2 vezes ao dia. Uso externo: folhas e caules amassados, para aplicação tópica, sob a forma de emplastros e chá por decocção das folhas sob a forma de compressas. Referências:ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. CARIBÉ, J.; CAMPOS, J.M. Plantas que ajudam o Homem: Guia prático para a Época Atual. São Paulo: Pensamento,1991. FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos. 9ªed. São Paulo: Atheneu, 1992. HABTEMARIAM S. , HARVEY A.L. , WATERMAN, P.G. As propriedades relaxantes musculares de Portulaca oleracea estão associados com altas concentrações de íons potássio. J. Ethnopharmacology, [S.I], v. 40, n. 3, p. 195-200, dez. 1993. JUAN CHEN; SHI YAN-PING; LIU JING-YAN. Determinação de noradrenalina e dopamina em chinês extratos de ervas de Portulaca oleracea L. por cromatografia líquida. Jornal da cromatografia A., [S.I.], v. 1003, n. 1-2, p. 127-132, 2003. LAN XIANG; DONGMING XING ; WANG WEI. Alcalóides de Portulaca oleracea L. Phytochemistry A. Amsterdam, vol. 66, n. 21 p. 2595-2601, 2005. LIM, YY; QUAH, EPL :Propriedades antioxidantes de diferentes cultivares de Portulaca oleracea. Química de Alimentos , [S.I.], v.103, n.3, p.734-740, 2007. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008. 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sábado, 30 de julho de 2016
Beldroega (Portulaca oleraceae L.)
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