sábado, 30 de julho de 2016

Acerola (Malpighia emarginata DC.)

ACEROLA

Nome Científico: 
Malpighia emarginata  DC.

Família botânica: 
Malpighiaceae 

Sinonímias: 
Malpighia punicifolia var. lancifolia Nied.,Malpighia punicifolia var. vulgaris Nied., Malpighia retusa Benth., Malpighia umbellata Rose, etc.


Observação: A denominação botânica da acerola tem sido controversa entre os especialistas, porém Lorenzi e Matos(2008), esclarecem que a nossa "aceroleira" está definida como Malpighia emarginatae que Malpighia glabra L., usada na edição anterior(2002)do seu livro "Plantas Medicinais no Brasil", refere-se a outra espécie, diferente da nossa. 


Nomes populares: 
acerola, aceroleira, cereja-das-antilhas. 


Origem ou Habitat: 
Nativo da América Central e muito cultivado no Brasil.

Características botânicas: 
Arbusto de 3-6 m de altura. Tronco que se ramifica desde a base. Copa densa com folhas pequenas de coloração verde-escura e brilhante. Flores dispostas em cachos de coloração rósea a violeta esbranquiçada. Floração durante o ano todo. Fruto carnoso de superfície lisa ou dividido em 3 gomos, de coloração vermelho-alaranjada quando madura. Contém 3 sementes. A frutificação ocorre 3 a 4 semanas após o aparecimento das flores.

Partes usadas: 
frutos

Uso popular: 

Os frutos são consumidos ao natural ou na forma de suco, refresco e sorvete, como fonte excepcional de vitamina C (uma xícara de suco puro contém de 1 a 5 g desta vitamina).
É usada na convalescença, gripes e resfriados ou de outras doenças infecciosas. 


Composição química: 

Segundo Alonso (2004), a constituição química apresenta os seguintes compostos:
Ácido Ascórbico: é a forma ácida da vitamina C, com um ph de 2,3. Oxida-se facilmente a ácido dehidroascórbico. Cada 100 ml do suco puro possui de 1,5 a 4,0 g de ácido ascórbico. Sua concentração varia segundo a época do ano, o clima, as condições de conservação e o local onde se cultiva.
Sais Minerais: cálcio(12mg/%), fósforo(11mg/%), ferro, magnésio e potássio.
Outros: carboidratos (8,7g%) composto principalmente por glicose, frutose e sacarose, proteínas (4g%), flavonóides (rutina, hesperidina), niacina, caroteno ou pró-vitamina A (4.300-12.500 UI/100g), ácido pantotênico, ácido málico, tiamina, riboflavina, mucilagem. Os constituintes voláteis, que dão o aroma do fruto, são ao redor de 115 compostos, destacam-se os seguintes: furfural, ácido hexadecanóico, 3-metil-3-butenol e limoneno.

A acerola possui um teor de sólidos solúveis totais (TSS ou oBrix) de 7,50%. 


Ações farmacológicas: 
São registrados as propriedades da vitamina C como antioxidante e antiinfecciosa, por aumentar a resistência e neutralizar os radicais livres.(LORENZI; MATOS,2008)

Interações medicamentosas: 
não há relatos

Efeitos adversos e/ou tóxicos: 
Há relatos de queimaduras em pessoas que fazem a poda da árvore e se expõe ao sol. (CIT-SC, 2005)
Pessoas com sensibilidade à planta podem apresentar irritação e coceira em contato com as folhas, devendo ter cuidado ao manuseá-la, fazendo uso de luvas.


Contra-indicações: 
não há relatos.

Posologia e modo de uso: 
Os frutos in natura ou na forma de sucos , sem restrições.

Observações: 

°Brix equivale a aproximadamente 1 grama de sólidos dissolvido em 100 gramas de suco da fruta. Assim, por exemplo, uma uva com 14°Brix tem 14 gramas de sólidos diluídos em 100 gramas do suco.
"A unidade Brix ficou tão popular que virou, erroneamente, sinónimo de teor de sólidos solúveis totais. SST, ou Brix, é uma medida direta da qualidade: teor baixo de SST indica fruto azedo e/ou aguado, sem sabor, colhido imaturo ou com excesso de irrigação/chuva. Utiliza-se esse índice para aferir a qualidade em grande número de frutas e hortaliças - quanto mais alto, maior a doçura e a qualidade. " 


Referências:
ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004.
FREITAS, C.A.S. Acerola: Produção, Composição, Aspéctos nutricionais e Produtos. Rev. Bras. Agrociência, Pelotas, v.12, n.4, p.395-400, out-dez, 2006. Disponível em: http://www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia/v12n4/artigo02.pdf
LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2.ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2008.
http://www.tropicos.org/Name/19500010>. Acesso em: 07 de março de 2012.

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