ALECRIM
Nome Científico: Rosmarinus officinalis L. Família botânica: Lamiaceae (Labiatae) Sinonímias: Salvia rosmarinus (L.)Schleid. | |
Nomes populares: Rosmarino, rosmarinho, alecrim-de-jardim, alecrim-de-cheiro, alecrim-da-horta, alecrim-rosmarinho, rozmarin, rosmarino, erva-da-graça, etc
Origem ou Habitat: o alecrim vegeta espontaneamente em terrenos pedregosos e arenosos no litoral dos países mediterrâneos, entre o norte da África e sul da Europa. A espécie está aclimatada ao Brasil, sendo cultivada em hortas e jardins(SILVA JUNIOR, 2003). Características botânicas: Subarbusto lenhoso, ereto, pouco ramificado, perene medindo cerca de 1,5 m de altura. Folhas com 1,3 – 4 cm de comprimento e 0,1 – 0,3 cm de largura, lanceolada, opostas cruzadas, sésseis simples, lineares, coriáceas, com margens recurvadas, face superior verde rugosa, face inferior esbranquiçada. Inflorescências axilares, do tipo racemo, flores azuladas, pequenas, cerca de 1 cm de comprimento. Partes usadas: Ramos com folhas e flores. Uso popular: O uso interno das folhas é indicado como carminativo, antiespasmódico, colerético, colagogo, antifebril, antimicrobiano, diurético, tônico, calmante, em distúrbios estomacais, cardíacos, em dores de cabeça e em bronquites. As folhas são usadas também como condimento. Externamente, as folhas são usadas para a lavagem de feridas, afecções do couro cabeludo, em olho vermelho em pessoas com pterígio, em banhos para dores musculares. Externamente usar a tintura das folhas com álcool de cereais ou cachaça para dores musculares e articulares. As folhas secas, na forma de saches, são usadas para espantar insetos em guarda-roupas e como defumador, quando a planta é queimada diretamente. Composição química: As folhas do alecrim apresentam até 2,5% de óleo essencial, cujos principais constituintes são 1,8-cineol (= eucaliptol, 15 a 30%), cânfora (15 a 25%), alfa pineno (até 25%) e outros monoterpenos. Outras substâncias presentes no alecrim são flavonóides, taninos de Labiatae (derivados do ácido rosmarínico), lactonas diterpênicas, diterpenos fenólicos carnosol e ácido carnósico, ácidos e alcoóis triterpênicos. Ações farmacológicas: Preparações com a planta apresentaram, em animais, ações espasmolítica sobre as vias biliares e intestino delgado, efeito inotrópico positivo e aumento da circulação coronariana, forte ação antioxidante e ação anti-inflamatória por inibição das enzimas LOX e COX-2 (cicloxigenase) e, em humanos, ação revulsiva e estimulante da circulação sanguínea, quando empregadas externamente. A absorção percutânea de constituintes do óleo essencial de alecrim está sendo estudada, indicando provavelmente, a relevância da terapia de banhos de imersão Em ratos mostrou atividade antiedematogênica e analgésica(XVI SBPM FM 214, 2000). Interações medicamentosas: Não há relatos de interações medicamentosas na literatura consultada. Efeitos adversos e/ou tóxicos: O uso interno de óleo essencial acarreta riscos de gastrenterite, nefrite e crises epileptiformes. Contra-indicações: É contra-indicado o uso do óleo essencial e de infusão com folhas de alecrim durante a gravidez, colite, inflamação da mucosa intestinal, problemas de próstata e em pessoas com epilepsia. O banho é contra-indicado em situações onde há ferimentos extensos, doenças de pele agudas de causa desconhecida, doenças infecciosas e febris. Posologia e modo de uso: Uso interno: usam-se as sumidades floridas ou a ponteira dos ramos (2 g) na forma de infusão, em 150 ml de água, administrando-se duas vezes ao dia, entre as refeições. Uso externo: sob a forma de óleo, pomada ou banho de imersão, é popularmente indicado no combate de caspa e prevenção da calvície; sob a forma de compressas, em feridas de difícil cicatrização e eczemas. Para o banho de imersão, prepara-se um decocto com 50 g das folhas em 1 litro de água, abafar por 15-30 minutos, coar e adicionar ao banho. Alcoolatura: fazer compressas em dores reumáticas, artralgias, contusões. Observações: Os principais componentes antioxidantes dos extratos de Alecrim são os diterpenos fenólicos carnosol e ácido carnósico (The EFSA Journal (2008) 721, 1-29). Referências:AGUILAR, F. Use of rosemary extracts as a food additive: Scientific Opinion of the Panel on Food Additives, Flavourings, Processing Aids and Materials in Contact with Food. The EFSA Journal. [S. I.], 12 jun 2008, n. 721, p. 1-29. ALONSO, J. Tratado de Fitofármacos y Nutracéuticos. Rosario, Argentina: Corpus Libros, 2004. BISSET, N.G. (Ed.) Herbal Drugs and Phytopharmaceuticals. 4.ed. Stuttgart Medpharm, Boca Raton: CRC Press, 1994. BRUNETON, J. Pharmacognosie Phytochimie Plante Médicinales. 2.ed. Londres: Technique et Documentation Lavoiser, 1993. IN XVI SIMPÓSIO BRASILEIRO DE PLANTAS MEDICINAIS, FM 214. Recife, PE, 2000. GIRRE, L. La Santé Par Les Plantes. Rennes: Edilarge S.A., 1992. SILVA, A. M. O. et al . Efeito do extrato aquoso de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) sobre o estresse oxidativo em ratos diabéticos.Revista de Nutrição ,v. 24, p. 121-130, 2011. SILVA JUNIOR, A.A. - Essentia herba: Plantas Bioativas. Florianópolis: Epagri, 2003. SIMÕES, C.M.O. et al. Plantas da Medicina Popular do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS, 1986. TYLER, V. E. The Honest Herb.: A sensible guide to the use of herbs and related remedies. 3.ed. New York: Pharmaceutical Products, 1993. WAGNER, H.; WIESENAUER, M. Phytotherapie: Phytopharmaka und pflanzliche Homöopathika. Stuttgart: Gustav Fischer, 1995. http://www.tropicos.org - Acesso em: 15 de abril de 2011. |
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sábado, 30 de julho de 2016
Alecrim (Rosmarinus officinalis L.)
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